terça-feira, 7 de junho de 2016

TEATRO - AUTO DA BARCA DO INFERNO


         Gil Vicente coloca vários personagens numa situação-limite. Todos estão mortos e chegam a um porto onde há duas embarcações, uma é chefiada pelo anjo, que conduz ao paraíso. A outra pelo Diabo que vai para o inferno. Eles esperam essas almas para decidirem assim onde, quando e como vão viver a partir desse momento. O cenário é uma espécie de porto, aí estão duas barcas, uma comandada pelo diabo e a outra pelo anjo. Ambos os comandantes aguardam os mortos, que são almas que seguirão ao paraíso ou ao inferno. Todas as almas, assim que se desprenderem dos corpos, são obrigadas a passar por esse lugar para serem julgadas. Dependendo dos atos cometidos em vida, elas são condenadas a Barca da Glorificação ou à do inferno. Tanto o anjo quanto o diabo podem acusar as almas, mas somente o anjo tem o poder da absolvição. É de se supor que o porto em que estão as barcas seja o Purgatório.
Essa peça teatral nos faz refletir sobre nossos atos.
Já pensou se você fosse julgado hoje?
Você iria para o céu ou para o inferno?